o novo café de especialidades peruanas em Lambrate

o novo café de especialidades peruanas em Lambrate

Sami não é uma cafeteria comumnem um lugar para simplesmente beber excelentes cafés especiais. É uma porta aberta aos Andes, um lugar que convida a conhecer e redescobrir o valor de uma cultura milenar através do café e dos produtos peruanos. Cada detalhe conta uma história: a escolha dos ingredientes sustentáveis, a ligação com os pequenos agricultores, a energia andina. Fundado por Verônica Silva Alvaradoque saiu do Peru com apenas 17 anos para estudar na Cattolica, Sami não nasceu para acompanhar tendências, mas é o resultado de uma longa jornada que une experiências de cooperação internacional, amor à terra e desejo de construir uma ponte entre tradições e pessoas.

Sala Sami Peruvian Products em Milão

Como nasceu o projeto

A ideia de Sami nasceu das experiências que Verônica adquiriu trabalhando como colaboradora em projetos de política alimentar na América Latina. Durante suas viagens pelas comunidades andina e amazônica, conheceu pequenos agricultores e estabeleceu com eles uma relação de confiança, ajudando-os a exportar seus produtos para a Itália. “Eu não sabia exatamente como começar, mas recebia pacotes de café diretamente das comunidades que ajudei. Queria promover esses projetos ecossustentáveis ​​e criar uma marca para distribuí-los”.

Com algumas mulheres produtoras de cacau e café, que também são curanderas (curadores) e xamãs, organizaram eventos na Fabbrica del Vapore e no Mudec, explorando a cosmovisão andina que inspira seu trabalho. “Essa jornada me levou a me perguntar como alcançar um público mais amplo, além dos acadêmicos. Tive a sensação de que apenas contávamos um ao outro”. Daqui, a ideia de abrir uma cafeteria: um espaço onde o café se torna uma oportunidade de troca, onde é possível falar sobre os territórios de onde ele vem.

Um encontro organizado pela Sami Peruvian Products

Abertura do café de especialidades Sami em Lambrate

Bar Sami’s, inaugurado em Milão em setembro de 2023é um espaço internacional – percebemos isso assim que entramos, ouvindo uma mistura de diferentes línguas faladas – pensado para aproximar as pessoas da cultura andina, combinando degustações e encontros culturais. Aqui, os clientes podem descobrir não só novos sabores, mas também as histórias e tradições que animam os produtos peruanos. O nome Sami (que é o mesmo que Verônica deu à filha) na verdade significa “regenerar energia” na cultura andina e reflete a missão do restaurante. “Queremos que o nosso bar seja um local onde não só se deguste produtos, mas onde se criem ligações”explica Verônica Silva Alvarado.

Balcão de Sami em Milão

Café do Sami

O café servido por Sami é resultado de um processo minucioso que começa em terras da província de Jaénno Peru, onde pequenos agricultores cultivam pés de café arábica protegidos de agrotóxicos, à sombra de árvores que combatem o aquecimento global. Atualmente oferecem uma pequena seleção de cafés de alta qualidade: desde o Geisha 91 pontos, um dos mais caros do mundo e famoso por suas notas delicadas, até o Café Vraemuma das áreas mais afetadas pelo tráfico de drogas, com aroma caramelizado devido ao cultivo nas antigas áreas produtoras de folha de coca.

Estes são extraídos com V60, enquanto o expresso é um 100% arábica com notas de ‘chocolate’ vindas de Cajamarca, departamento mais afetado das grandes minas. Embora Sami ofereça uma seleção de cafés muito finos, os preços são éticos: “não queremos que nosso café seja apenas um produto de consumo. Os preços são acessíveis, tanto para quem quer experimentar algo novo quanto para os peruanos que querem provar os sabores de sua terra”, explica Verônica. Com um expresso por 1,50€ e café de filtro de 3€ a 5€.

Bolos Sami feitos com superalimentos peruanos

A proposta: entre cafés especiais e superalimentos peruanos

A oferta do Sami hoje vai além do café: o local também conta com uma área de lojas onde você pode comprar cacau, maca, lúcuma, camu camu e outros superalimentos andinos, suplementos naturais e produtos típicos da cultura peruana. No café, esses ingredientes são usados ​​para criar sobremesas, muitas delas sem glúten, lactose e açúcar, como bolo de cenoura com farinha de maca e alfajores com farinha de lúcuma.

Mas a proposta do Sami adapta-se a todo o dia: desde o brunch de fim-de-semana, com tamales, pan con lomo passadotedo, panela com frango refogado e torradas de abacate, até sobremesas feitas com superalimentos peruanos. Durante a semana, o bar também oferece um pequeno menu de almoço à base de empanas e produtos de panificação em colaboração com Il Forno di Lambrate. No futuro do Sami, Veronica imagina encontros cada vez mais profundos com produtores peruanos e novos eventos culturais, enriquecendo o ambiente do bar. “Para mim, que sempre falei muito sobre integração e contaminação, Sami não é apenas uma atividade comercial, mas um projeto de alma, que espero ver crescer”.

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